Órgãos públicos e empresas que rodam Linux já podem acessar e-mails pelos aparelhos BlackBerry. A empresa brasileira Navita lançou no País uma solução baseada em código aberto capaz de suportar num mesmo servidor até 1000 usuários de correio eletrônico.
O serviço for criado para atender usuários do Brasil e de outros mercados da América Latina. A solução vem para atingir principalmente órgãos de governo, que usam software livre e não podem adotar o BlackBerry como ferramenta de e-mail porque o celular não foi projetado é compatível apenas com os servidores de correio eletrônico Exchange, da Microsoft; Lotus Notes, da IBM, e GrupWise, da Novell.
Apesar disso, até era possível, portar o BlackBerry Enterprise Server(BES) para plataformas abertas de e-mail. Porém, segundo o diretor-executivo da Navita, Roberto Dariva, o número máximo de usuários por servidor não ultrapassava 80 assinantes. A Navita desenvolveu um conector que aumenta em mais 10 vezes esse número A aplicação com essa capacidade segundo Dariva, é primeira na América Latina, desenvolvida em parceria com a Atlas GMV, que já fornece o software na Europa. O produto direcionado inicialmente para usuários corporativos e órgãos de governo do Brasil, será oferecido no modelo de outsourcing que inclui gestão da aplicação e suporte técnico aos usuários de BlackBerry.
Injeção de Capital
O novo serviço é resultado da injeção de capital que a Navita está recebendo do fundo de investimento Invest Tech, especializado em TI. A empresa de venture capital se tornou sócia minoritária da companhia. O valor aplicado na Navita totalizou 2,5 milhões de reais – o máximo que o fundo destina a um negócio é 4,7 milhões de reais.
Resultado de joint venture entre Perrotti Partners e Blackstone Serviços e Participações, a empresa de venture capital está no mercado há cerca de um ano e meio.
Seu alvo são empreendedores emergentes de TI que tenham produtos ou serviços inovadores e que faturem entre 1 milhão de reais e 15 milhões. a Navita foi a primeira a receber aporte de capital do fundo. A segunda foi a Bertini, consultoria especializada em plataforma Oracle.
O gestor do fundo de investimento, Maurício Lima, explica que havia interesse em investir em mobilidade corporativa, devido a seu potencial de crescimento no Brasil. A Navita foi escolhida pela sua especialidade na plataforma BlackBerry, com maior penetração entre executivos.
Lima considera a estratégia da Navita agressiva. A empresa estima dar um grande passo em 2010 e fechar o ano com crescimento de 120% sobre o movimento de 2009. Outro fator que atraiu o fundo de investimento para a desenvolvedora de soluções e serviços móveis é a sua proximidade com a fabricante RIM.
O Invest Tech está entrando na Navita para apoiá-la na sua estratégia de crescimento e espera transferir seu conhecimento para aprimorar a gestão do negócio. “Conhecemos também muitas empresas que podem se tornar compradoras das soluções, abrindo novas oportunidades para a Navita“, afirma Lima. Com o aporte de capital do novo sócio, a empresa promete ampliar sua oferta de produtos e serviços móveis para o mercado corporativo
Fonte: http://www.bagapreta.com.br